Tarô e sincronicidade

Tarô e sincronicidade

Neste artigo, exploraremos como a sincronicidade se entrelaça com o Tarô, desvendando os mistérios que essa poderosa ferramenta nos revela sobre nós mesmos e o universo que nos cerca.

O Tarô emergiu da revolução criativa e filosófica da Renascença, entre os séculos XIV e XVI, quando houve um resgate à beleza, à sensualidade, as artes clássicas e à mística da filosofia antiga. 

Criou-se um mundo tridimensional e realista, utilizando como fonte as antigas imagens e tradições.

Neste contexto o Tarô surge como um processo de projeção do inconsciente coletivo, que dificilmente poderá ser definido suas fontes, mas que teve seu desenvolvimento na noite dos tempos, por meio de contribuições impessoais e processos sincrônicos entre o inconsciente coletivo e o mundo consciente.

O termo sincronicidade, cunhado por Carl Jung, fundador da psicologia analítica, foi usado pela primeira vez entre 1928 e 1930, onde trabalhou a ideia de conexões acausais, juntamente com o físico Wolfgang Pauli e outros estudiosos. Jung define sincronicidade como um conceito empírico, cunhado para tentar explicar algo que foge às explicações causais.

No livro; Jung, o mapa da alma, Muray Stein cita:

 “Tanto o corpo material quanto a psique não precisam ser derivadas um do outro. São antes, duas realidades paralelas que estão sincronicamente relacionadas e coordenadas […] Há uma dimensão na qual a psique e o mundo interagem intimamente e se refletem reciprocamente. Esta é a tese de Jung.”

Na visão dele, a causalidade é um princípio válido sob a ótica estatística e não consegue atingir os fenômenos aleatórios; uma confluência energética de significados entre o mundo onírico, inconsciente e atemporal, com a manifestação da existência consciente atrelada ao tempo e espaço.

Este conceito, a meu ver, influencia diretamente na evolução do Tarô como um oráculo e instrumento simbólico da experiência humana, que sincrônica e aleatoriamente fora construído, ao longo do tempo, como um jogo, mas com vasta simbologia arquetípica, que carregam coincidências significativas com a psique e o mundo fenomenológico. 

Psique é uma palavra latina que significa, espírito ou alma, mas para a psicologia analítica abrange os pensamentos, sentimentos e comportamentos, conscientes e inconscientes. 

Ao explorarmos a profunda relação entre o Tarô e a sincronicidade, adentramos em um mundo fascinante de mistérios e simbolismos que nos convidam a desvendar os segredos da psique humana. O Tarô, com sua estrutura perfeita e divisões cuidadosamente construídas, revela-se como um espelho da alma, refletindo os aspectos conscientes e inconscientes que compõem nossa existência. As cartas se tornam portais para o inconsciente coletivo, onde a sincronicidade ganha vida através de coincidências significativas que transcendem a lógica causal.

Nessa dança mágica entre o Tarô e a sincronicidade, somos levados a uma jornada de autodescoberta e autoconhecimento. Cada carta, cada arquétipo, ressoa em nós de maneiras únicas, trazendo à tona as vozes silenciosas que habitam nosso interior. O Tarô se torna um mapa que nos guia pelo labirinto da nossa própria psique, revelando os desafios, as oportunidades e as verdades que precisamos encarar para alcançar a plenitude.

Assim como o Tarô nasceu durante a Renascença, quando o mundo redescobria suas raízes místicas e filosóficas, ele continua a nos encantar e inspirar nos dias atuais. Em um mundo que muitas vezes nos afasta da conexão com nosso eu interior e com a sincronicidade do universo, o Tarô nos convida a olhar além da superfície, a mergulhar nas profundezas do desconhecido e a abraçar a magia que permeia nossa existência.

Portanto, ao embarcar nessa jornada com o Tarô e a sincronicidade como guias, abrimos as portas para um mundo de infinitas possibilidades e insights transformadores. Conectados à sabedoria ancestral e à essência arquetípica que nos une como seres humanos, encontramos respostas para nossas perguntas mais profundas e despertamos para uma compreensão mais ampla de quem somos e qual é o nosso propósito nesta vida.

Por fim, que o Tarô e a sincronicidade continuem a iluminar nosso caminho, nos lembrando da magia que reside dentro de nós e da poderosa interconexão que nos une ao mundo ao nosso redor e que cada carta seja um convite para mergulhar em nosso próprio eu, descobrindo os tesouros ocultos que nos aguardam nas profundezas da nossa alma.

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