Por que os arquétipos são tão importantes?
Segundo Platão, a forma como percebemos o mundo é diretamente influenciada por impressões prévias, que foram cravadas em nossas mentes. Essas percepções, sedimentadas na psique, permite-nos compreender o mundo. A palavra psique, na antiguidade, remetia a ideia de alma. Platão chamou estas impressões prévias, de formas elementares, que seriam as bases das nossas estruturas ideativas. Impressões simbólicas e coletivas que Carl G. Jung, psiquiatra suíço, chamou de arquétipos e as definiu como conjuntos de imagens primordiais geradas a partir de repetições de uma mesma experiência ao longo de muitas gerações, formando assim, camadas acumuladas no inconsciente coletivo.
Jung distinguiu inconsciente pessoal do coletivo, definindo como pessoal, aquele reservatório de ideias que já foi consciente, mas que foi esquecido ou reprimido. E como inconsciente coletivo, a camada mais profunda da psique, constituída por imagens simbólicas e ancestrais, herdadas por toda humanidade. Estas imagens são os arquétipos. São acessados de forma consciente ou não e nos permite interagir com tudo que está à nossa volta, além de definir nossas escolhas. Ter consciência dos arquétipos que vivemos ou que nos influenciam, torna-se uma descoberta fundamental e, ao mesmo tempo poderosa, para o aprimoramento em todas as áreas da vida.
O Tarô desvenda os arquétipos que vivemos.
O Tarô é uma ferramenta capaz de revelar estes arquétipos, seja por meio da linha da vida ou mapa arquetípico individual, que é um tipo de mapa natal elaborado a partir do nome de batismo, da data de nascimento e conhecimentos ancestrais, ou mesmo através de simples aberturas das cartas e suas interpretações.
O mapa arquetípico revela até doze arquétipos. Oito extraídos dos arcanos maiores do Tarô e quatro dos arcanos menores. O primeiro está relacionado à imagem e autoimagem da consulente, o segundo e o terceiro à essência individual e espiritual. Outros três revelam aprendizados a que somos submetidos e os dois últimos arcanos maiores, ajudam a compreender nossas virtudes inatas, além do real propósito desta existência. Finalmente as quatro últimas cartas, iluminam temas da vida prática.
Estes estudos começaram com as autoras francesas Dicta e Françoise, no início do século passado, quando receberam de antepassadas as chaves mestras para os cálculos e interpretações, além de segredos guardados pelos rosa-cruzes. O sistema recebeu ainda, a partir da década de oitenta, a contribuição da professora, astróloga e taróloga Maria Celeste Rodrigues e vem, ao longo do tempo, auxiliando muitas pessoas em seus processos de autoconhecimento e auto desenvolvimento.
O mapa arquetípico como ferramenta para a autoconsciência.
A linha da vida do Tarô aponta para os principais arquétipos que vivemos e a que somos submetidos, revelando desde importantes inspirações até respostas existenciais. A Professora Maria Celeste, citada acima, deixa claro em seu livro, que as coincidências entre o mapa astrológico e a linha da vida são evidentes e superaram suas expectativas enquanto profissional, como também a de seus clientes e alunos.
Desvendar os arquétipos que nos influenciam diretamente, é bastante libertador à medida que nos permite trabalhar no sentido de superar traços pessoais desafiadores, expandir aspectos positivos da nossa essência, além de integrar arquétipos úteis, rumo à nossa evolução individual e coletiva.
“[…] só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos.” Carl Gustav Jung